segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

“Amor fast-food”???


Por Daniel Pinheiro e Juliana Gonçalves dos Santos

Vamos começar pensando em comida. Que tal fast-food? Muita gente AMA comer aquele hambúrguer delicioso, aquelas batatas-fritas crocantes, e aquele refrigerante gelado. Você certamente também tem sensações agradáveis com sua comida preferida. Isso é realmente muito bom (dentro dos limites), e não tem nada de errado. Mas vamos pensar na utilização do verbo “amor”. O que significa “amar” comer essas coisas? Parece que significa apenas sentir as sensações agradáveis e prazerosas que a comida proporciona, não é verdade?




Agora vamos para a situação de um namoro. Imagine que você tem aquelas reações normais de quem está apaixonado: o coração bate forte, o nervosismo aumenta. As garotas mexem no cabelo, os rapazes respiram fundo, e parece que o céu está cheio de arco-íris e os passarinhos todos cantando em um amanhecer lindo. Isso tudo é muito bom (de novo, dentro dos limites). Você certamente “ama” tudo isso!

Não tem nada de errado sentir e amar isso. Mas vamos parar e pensar um pouco. O que significa mesmo esse “amar”? Será que significa apenas que você está gostando das sensações que a pessoa lhe proporciona? Será que só isso basta pra ser um amor verdadeiro?

Afinal de contas, o que é o amor verdadeiro? Como eu sei que ele está presente? Será que o amor nada mais é do que ter sensações agradáveis? A história abaixo, contada pelo palestrante Jason Evert, ajuda-nos a entender melhor o que é o amor:

Imagine um casal de esposos. Durante a madrugada, a esposa acorda com aqueles desejos de grávida, de comer uma determinada coisa. Ela acorda o marido, e pede para ele comprar sorvete de chocolate. Vamos pensar na situação. São quatro horas da manhã. A esposa não está deslumbrante e linda como no dia do casamento. Os passarinhos não estão cantando e não tem nenhum arco-íris no céu. O coração do marido bate normalmente, e ele não está nervoso nem respirando fundo. A única sensação agradável que o marido gostaria de sentir no momento seria a maciez do travesseiro, o conforto da cama, e o sono profundo. No entanto, apesar disso, mesmo com dor de cabeça, e renunciando ao travesseiro maravilhoso, o marido se levanta e vai ao supermercado comprar o sorvete que a mulher tanto deseja. Ele está colocando a felicidade da esposa acima de suas próprias comodidades. Não tem muita sensação agradável aí, mas saiba que é exatamente nesse momento que ele mais está amando sua esposa profundamente.

O Papa João Paulo II apresentou uma excelente definição de amor. Ele disse:

“O amor não é um mero sentimento: é um ato de nossa vontade que consiste em escolher constantemente o bem da outra pessoa, mais do que o meu próprio bem”. (1)

Ele também fala que:

“Quanto maior o sentimento de responsabilidade pela pessoa amada, mais existe amor verdadeiro” (2)

Quem ama de verdade, faz o melhor para a outra pessoa. O ambiente que vai deixar essa pessoa mais feliz, segura e certa do amor verdadeiro é o compromisso do matrimônio. Então, espere pelo casamento para ter intimidade sexual. Prepare e queira o melhor para a pessoa amada, mesmo que para isso, no momento atual, seja preciso sacrifício e renúncia.

Faça do seu namoro um momento agradável de discernimento e preparação para o casamento. Enquanto isso, fique com Deus e mantenha-se forte na oração e na pureza.
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(1) Mensagem de João Paulo II por ocasião do XIX Dia Mundial da Juventude, 22/02/2004
(2) João Paulo II, no livro “Amor e Responsabilidade”.

fonte: Vida e Castidade

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