Meu marido e eu frequentamos o mesmo colégio, mas nessa época havia pouco interesse entre nós. Foi na universidade, quando compartilhamos a mesma residência de estudantes, que começamos a nos ver com maior freqüência; foi então que tudo começou.
Nós participávamos regularmente de reuniões na capelania da universidade. Martin não esconde o fato de que ia às reuniões principalmente por causa de mim, embora ele seja um homem de uma fé excepcional.Quanto a mim, fui participante do Movimento Jovem Católico desde o colégio, e costumava ir a retiro espirituais no verão.
Depois de quatro anos de universidade, nós decidimos participar de uma peregrinação a Czestochowa. A idéia era atraente para nós. Em nossa peregrinação seguinte decidimos nos casar; na verdade, sentíamos muito forte que nosso casamento deveria ocorrer durante essa mesma peregrinação. Decidimos fazer nossos votos matrimoniais no santuário diocesano, o qual nosso grupo estava planejando visitar no segundo dia de peregrinação. Informamos nossos pais sobre a nossa decisão. Eles foram contra a idéia, mas isso não era surpresa, devido às circunstâncias. Apesar disso, eles não tinham escolha, a não ser aceitar nossos planos. Já tínhamos terminado nossos estudos, tínhamos bons trabalhos, e éramos financeiramente independentes. O ônibus que trazia os convidados do casamento chegou no santuário. Depois da cerimônia tivemos uma recepção, para a qual convidamos não apenas nossos familiares, mas a peregrinação inteira.
Eu agradeço a Deus porque desde o princípio do nosso relacionamento tínhamos um forte desejo de permanecer castos para o matrimônio. Depois de nosso primeiro beijo, fui consultar o padre da minha paróquia, pois tinha convicção de ter cometido um pecado. Para minha surpresa, o padre tranqüilizou minha mente. Eu aprendi sobre o Método Natural (de paternidade responsável) durante um retiro de verão quando ainda estava na universidade. Eu aprendi a medir minha temperatura e anotar meu ciclo menstrual. Eu também me consultei com uma mulher no centro de aconselhamento. Eu sabia que isso era uma parte importante da preparação para o matrimônio. Quando nossa ligação emocional tinha se aprofundado o bastante, informei ao Martind o meu desejo de permanecer virgem até o dia do nosso casamento, e então conduzir nossas relações sexuais de acordo com a doutrina da Igreja. Felizmente, tínhamos o mesmo pensamento no assunto. Graças à minha formação religiosa (adquirida através do Movimento Jovem Católico e de vários retiros e peregrinações espirituais) eu tinha desenvolvido um profundo senso de confiança na Mãe Igreja, e uma convicção de que, se você acredita em Jesus, você não pode fazer outra coisa senão escolher pensar e agir de acordo com a doutrina da Igreja, a qual Ele fundou sob a liderança visível de Pedro (Mt 16, 14-19). Meu marido, do mesmo modo, era guiado por um forte desejo de obedecer aos Dez Mandamentos e à vontade do Criador. Intuitivamente, ele sentia que a castidade dentro e fora do casamento valia o sacrifício; de fato, ele via isso como um valor em si. E então estabelecemos nosso objetivo: guardar nossa virgindade para o dia do nosso casamento, e portanto oferecer um ao outro o mais belo presente de casamento de todos. Não era fácil, de modo algum, pois nosso namoro durou quatro anos e meio; mas ainda assim, conseguimos.
Depois de muitos anos de casamento (já tínhamos dois filhos na época), começamos a notar que alguma coisa não estava certa com nossa vida sexual. Frequentemente eu tinha a sensação de estar sendo violada. Eu me fechei em mim mesma. Meu marido se tornava irritado, e eu cedia a ele. Começamos a dormir em camas separadas. Muitas vezes eu ia dormir com as crianças. Alguma coisa estava definitivamente errada. E assim continuou até o dia em que uma cópia da revista “Love One Another” caiu em nossas mãos. A revista tinha um testemunho escrito por um casal. Martin viu o artigo primeiro. Eu não me lembro dos autores, mas o texto tinha a ver com a castidade conjugal. Depois de ler o artigo, Martin leu em voz alta para mim. De repente compreendemos a causa de nossas tensões e incompreensões. Nossos problemas se deviam à falta de consistência. Sim estávamos usando o Método Natural, mas também estávamos nos permitindo certas liberdades – nos arriscando em dias férteis; na verdade, fazíamos sexo sempre que queríamos, e então aplacávamos nossa consciência com o pensamento de que, afinal de contas, não estávamos usando anticoncepcionais artificiais. No dia seguinte mesmo já estabelecemos um princípio de não ceder: as relações sexuais seriam somente nos dias inférteis, ou nos dias férteis quando decidíssemos ter outro bebê – e nada mais, sem trapaças! Levou cerca de três semanas para que víssemos os “resultados”. Um indescritível frescor começou a se fazer sentir em nossa relação. Todos os nossos medos e dúvidas acerca de sermos capazes de nos abster de sexo por uma quinzena, mais ou menos, provaram-se sem fundamento. Pode-se medir a melhora na qualidade da nossa intimidade sexual pelo fato de que agora sou eu que “violo” meu marido, enquanto ele tenta fugir, totalmente exausto! Quando chega perto do final de cada período fértil, olhamos um para o outro com renovado frescor. Desejamos um ao outro tanto quanto no tempo no namoro. O ciclo de uma mulher é idealmente “projetado”. Justamente quando o casal parece estar saciado de intimidade física, o início de um novo período fértil oferece-lhes um descanso de uma quinzena.
As relações maritais castas sempre demandam um elemento de serviço e uma boa dose de sacrifício mútuo. À primeira vista isso deve vir do lado da mulher. Sobre ela recai a responsabilidade de aprender métodos naturais de controle da procriação, consultar especialistas, e anotar seu ciclo. Eu aceitei isso como minha parte de responsabilidade em prol do nosso matrimônio. Agora que corrigimos a inconsistência descrita acima, e que nossas relações estão novamente em um equilíbrio, a necessidade de se abster de intimidade física por duas semanas em cada ciclo requer outro sacrifício (dessa vez a responsabilidade recai sobre o marido). Mas eu acho que estou sendo honesta em dizer que nenhum de nós vê mais isso como um sacrifício, mas sim como a expressão natural do amor que nos une – um amor que cresce sempre mais puro e sem mancha. É verdade que os tempos de grande sacrifício existiram. Depois do nascimento de cada um de nossos filhos, nos abstínhamos da intimidade sexual até o início do meu primeiro período (no caso do nosso último filho, nos abstivemos por oito meses). Essa foi uma grande privação, mas nos ofereceu uma oportunidade para um sacrifício maior, e portanto, para fortalecermos nossa união ainda mais. Rezamos muito pela graça da perseverança. Aceitando esse sacrifício, fizemos nossa intenção crescer em afeição um pelo outro e perseverar no amor. Nós também rezamos pelos nossos filhos, especialmente nosso recém-nascido.
Nós temos três filhos, e estamos prestes a ter outro. Com exceção de nosso pároco (que é também nosso diretor espiritual), ninguém sabe disso ainda.
Barbara e Martin
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Traduzido de: http://www.loveoneanothermagazine.org/nr/true_love_waits_pure/premarital_abstinence_is_worth.html
Nós participávamos regularmente de reuniões na capelania da universidade. Martin não esconde o fato de que ia às reuniões principalmente por causa de mim, embora ele seja um homem de uma fé excepcional.Quanto a mim, fui participante do Movimento Jovem Católico desde o colégio, e costumava ir a retiro espirituais no verão.
Depois de quatro anos de universidade, nós decidimos participar de uma peregrinação a Czestochowa. A idéia era atraente para nós. Em nossa peregrinação seguinte decidimos nos casar; na verdade, sentíamos muito forte que nosso casamento deveria ocorrer durante essa mesma peregrinação. Decidimos fazer nossos votos matrimoniais no santuário diocesano, o qual nosso grupo estava planejando visitar no segundo dia de peregrinação. Informamos nossos pais sobre a nossa decisão. Eles foram contra a idéia, mas isso não era surpresa, devido às circunstâncias. Apesar disso, eles não tinham escolha, a não ser aceitar nossos planos. Já tínhamos terminado nossos estudos, tínhamos bons trabalhos, e éramos financeiramente independentes. O ônibus que trazia os convidados do casamento chegou no santuário. Depois da cerimônia tivemos uma recepção, para a qual convidamos não apenas nossos familiares, mas a peregrinação inteira.
Eu agradeço a Deus porque desde o princípio do nosso relacionamento tínhamos um forte desejo de permanecer castos para o matrimônio. Depois de nosso primeiro beijo, fui consultar o padre da minha paróquia, pois tinha convicção de ter cometido um pecado. Para minha surpresa, o padre tranqüilizou minha mente. Eu aprendi sobre o Método Natural (de paternidade responsável) durante um retiro de verão quando ainda estava na universidade. Eu aprendi a medir minha temperatura e anotar meu ciclo menstrual. Eu também me consultei com uma mulher no centro de aconselhamento. Eu sabia que isso era uma parte importante da preparação para o matrimônio. Quando nossa ligação emocional tinha se aprofundado o bastante, informei ao Martind o meu desejo de permanecer virgem até o dia do nosso casamento, e então conduzir nossas relações sexuais de acordo com a doutrina da Igreja. Felizmente, tínhamos o mesmo pensamento no assunto. Graças à minha formação religiosa (adquirida através do Movimento Jovem Católico e de vários retiros e peregrinações espirituais) eu tinha desenvolvido um profundo senso de confiança na Mãe Igreja, e uma convicção de que, se você acredita em Jesus, você não pode fazer outra coisa senão escolher pensar e agir de acordo com a doutrina da Igreja, a qual Ele fundou sob a liderança visível de Pedro (Mt 16, 14-19). Meu marido, do mesmo modo, era guiado por um forte desejo de obedecer aos Dez Mandamentos e à vontade do Criador. Intuitivamente, ele sentia que a castidade dentro e fora do casamento valia o sacrifício; de fato, ele via isso como um valor em si. E então estabelecemos nosso objetivo: guardar nossa virgindade para o dia do nosso casamento, e portanto oferecer um ao outro o mais belo presente de casamento de todos. Não era fácil, de modo algum, pois nosso namoro durou quatro anos e meio; mas ainda assim, conseguimos.
Depois de muitos anos de casamento (já tínhamos dois filhos na época), começamos a notar que alguma coisa não estava certa com nossa vida sexual. Frequentemente eu tinha a sensação de estar sendo violada. Eu me fechei em mim mesma. Meu marido se tornava irritado, e eu cedia a ele. Começamos a dormir em camas separadas. Muitas vezes eu ia dormir com as crianças. Alguma coisa estava definitivamente errada. E assim continuou até o dia em que uma cópia da revista “Love One Another” caiu em nossas mãos. A revista tinha um testemunho escrito por um casal. Martin viu o artigo primeiro. Eu não me lembro dos autores, mas o texto tinha a ver com a castidade conjugal. Depois de ler o artigo, Martin leu em voz alta para mim. De repente compreendemos a causa de nossas tensões e incompreensões. Nossos problemas se deviam à falta de consistência. Sim estávamos usando o Método Natural, mas também estávamos nos permitindo certas liberdades – nos arriscando em dias férteis; na verdade, fazíamos sexo sempre que queríamos, e então aplacávamos nossa consciência com o pensamento de que, afinal de contas, não estávamos usando anticoncepcionais artificiais. No dia seguinte mesmo já estabelecemos um princípio de não ceder: as relações sexuais seriam somente nos dias inférteis, ou nos dias férteis quando decidíssemos ter outro bebê – e nada mais, sem trapaças! Levou cerca de três semanas para que víssemos os “resultados”. Um indescritível frescor começou a se fazer sentir em nossa relação. Todos os nossos medos e dúvidas acerca de sermos capazes de nos abster de sexo por uma quinzena, mais ou menos, provaram-se sem fundamento. Pode-se medir a melhora na qualidade da nossa intimidade sexual pelo fato de que agora sou eu que “violo” meu marido, enquanto ele tenta fugir, totalmente exausto! Quando chega perto do final de cada período fértil, olhamos um para o outro com renovado frescor. Desejamos um ao outro tanto quanto no tempo no namoro. O ciclo de uma mulher é idealmente “projetado”. Justamente quando o casal parece estar saciado de intimidade física, o início de um novo período fértil oferece-lhes um descanso de uma quinzena.
As relações maritais castas sempre demandam um elemento de serviço e uma boa dose de sacrifício mútuo. À primeira vista isso deve vir do lado da mulher. Sobre ela recai a responsabilidade de aprender métodos naturais de controle da procriação, consultar especialistas, e anotar seu ciclo. Eu aceitei isso como minha parte de responsabilidade em prol do nosso matrimônio. Agora que corrigimos a inconsistência descrita acima, e que nossas relações estão novamente em um equilíbrio, a necessidade de se abster de intimidade física por duas semanas em cada ciclo requer outro sacrifício (dessa vez a responsabilidade recai sobre o marido). Mas eu acho que estou sendo honesta em dizer que nenhum de nós vê mais isso como um sacrifício, mas sim como a expressão natural do amor que nos une – um amor que cresce sempre mais puro e sem mancha. É verdade que os tempos de grande sacrifício existiram. Depois do nascimento de cada um de nossos filhos, nos abstínhamos da intimidade sexual até o início do meu primeiro período (no caso do nosso último filho, nos abstivemos por oito meses). Essa foi uma grande privação, mas nos ofereceu uma oportunidade para um sacrifício maior, e portanto, para fortalecermos nossa união ainda mais. Rezamos muito pela graça da perseverança. Aceitando esse sacrifício, fizemos nossa intenção crescer em afeição um pelo outro e perseverar no amor. Nós também rezamos pelos nossos filhos, especialmente nosso recém-nascido.
Nós temos três filhos, e estamos prestes a ter outro. Com exceção de nosso pároco (que é também nosso diretor espiritual), ninguém sabe disso ainda.
Barbara e Martin
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Traduzido de: http://www.loveoneanothermagazine.org/nr/true_love_waits_pure/premarital_abstinence_is_worth.html
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